PLUTONISMO TONALÍTICO-TRONDHJEMÍTICO E GRANÍTICO ARQUEANO NO BLOCO DO GAVIÃO CRATON DO SÃO FRANCISCO, BAHIA, BRASIL: ENSAIO GEOQUÍMICO E GEOCRONOLÓGICO
Resumo
Os terrenos granito-gnáissicos do Bloco do Gavião (BG) objeto do presente trabalho, representam a maior exposição do embasamento arqueano do Craton do São Francisco, sendo portanto, uma área-chave para o entendimento da evolução da crosta primitiva da plataforma Sul-Americana. As rochas graníticas e gnáissicas estão intimamente associadas com os greenstone belts de Umburanas e Contendas Mirante. O grau metamorfico destes terrenos varia de xisto verde a anfibolito. De outra parte, estas rochas foram intensamente deformadas e intrudidas por granites durante o Arqueano e Paleoproterozoico. A evolução primitiva do Bloco do Gavião é marcada pela formação de núcleos granitoides, a partir de vários episódios de plutonismo TTG com idades variando entre 3,2 e 3,4 Ga. As idades modelo Sm-Nd nestes granitóides variam entre 3,2 e 3,6 Ga, indicando o envolvimento de crosta siálica na gênese destas rochas, conforme corroborado pelos εNd(t) negatives entre -4.0 e -1.3. Entre 3,1 e 2,5 Ga, atividades vulcanicas e sedimentares atingiram o Bloco do Gavião com a formação dos greenstone belts de Umburanas e Contendas Mirante. Finalmente, a evolução arqueana é representada por intrusão de granitóides ha cerca de 2,8 e 2,5 Ga. Durante o Paleoproterozóico, o Bloco Gavião foi deformado e metamorfisado regionalmente e intrudido por granites com idades entre 2,1 e 1,9 Ga. Durante o Meso e Neoproterozoico, atividades tectono-metamórficas estiveram presentes neste segmento de crosta arqueana promovendo a intrusão de diques maficos e o rejuvenescimento isotopico das idades K-Ar e Rb-Sr.
Palavras-chave
Geoquimica; Geocronologia; Arqueano
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