CAMPOS DE DIQUES DE DIABÁSIO DA BACIA DO PARANÁ

VICENTE JOSÉ FULFARO, KENITIRO SUGUIO

Resumo


Os autores se preocuparam com a concentração de diques em certas regiões da bacia sedimentar do Paraná, conseguindo distinguir três áreas onde sua ocorrência foge aos padrões até agora referidos na literatura. Com o intuito puramente descritivo nos ocupamos em levantar perfis ao longo dessas regiões, a saber: do km 160 da rodovia do Café ate a serra do Cadeado, no Estado do Paraná; estrada de rodagem entre Fartura e Piraju, desde a proximidade da primeira cidade até o topa da serra de Fartura; e a região entre Tambaú e Santa Rosa do Viterbo, as duas ultimas, no Estado de São Paulo, respectivamente a sul e a norte. Os diques formam sistemas paralelos orientados preferencialmente para NW embora ocorram alguns orientados para NE, ocasionando pequenos sistemas secundários de direções perpendiculares, nas duas primeiras regiões. Na área situada ao norte do Estado de São Paulo, a situação e exatamente a inversa. Suas espessuras variam havendo, no entanto, um valor médio constante para cada "província", em torno de 200 metros para a rodovia do Café, 80 metros para Fartura e 200 metros novamente em Tambaú-Santa Rosa do Viterbo. Ocorrem, contudo, espessuras maiores, tendo sido registrado 950 metros para um dique da rodovia do Café. Os diques são predominantemente verticais mas nem sempre seus contatos laterais são simples, podendo passar a pequenos "sills", ou então, injetar irregularmente a rocha hospedeira com inúmeras apófises. Cortam essas estruturas ígneas os terrenos gondwânicos da bacia até a capa arenito-basáltica que a sobrepõe, dando a imagem exata de antigos condutos alimentadores de derrames e "sills". Suas concentrações, por outro lado, ocorrem em áreas que apresentam complicado tectonismo, que no entanto, não explicam intrusões de tal espessura, que parecem ser a resultado de algum mecanismo de tração como já foi assinalado par Maack (1947).

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