ALTERAÇÕES NA RESISTIVIDADE ELÉTRICA DO SOLO ARENOSO EM EXPERIMENTO POR INFILTRAÇÃO DE VINHAÇA CONTROLADO
Resumo
O setor sucroalcooleiro representa uma das mais rentáveis atividades econômicas do Brasil, sendo o etanol um dos principais produtos. Dentre os resíduos relacionados à produção de etanol, destaca-se a vinhaça, substância líquida gerada na proporção aproximada de 13 litros para cada litro de etanol produzido. Este artigo apresenta os resultados de um experimento de infiltração de vinhaça, em várias proporções, por meio de valas em solo arenoso, com o objetivo de avaliar eventuais alterações em propriedades elétricas nos materiais geológicos, em experimentos individuais, com 60L, 300L e 900L de efluente. A proporção inicial foi definida a partir de norma estipulada pela Agência Ambiental do Estado de São Paulo que considera a capacidade de troca catiônica do solo, ao passo que as demais quantidades foram definidas a partir de proporções de 4 e 15 vezes superiores ao definido por legislação. O experimento foi monitorado por meio de medidas de resistividade elétrica de forma indireta através do método geofísico da Eletrorresistividade. Os dados indicam a inexistência de alterações em propriedades elétrica no solo abaixo do ponto de infiltração no experimento para 60L de vinhaça. Os dados para infiltrações com 300L e 900L revelaram uma zona de baixa resistividade abaixo do ponto de infiltração, basicamente limitada à camada de 1m de solo arenoso e com tendência de fluxo lateral suportada pela interface solo/rocha. Os resultados demonstram que a infiltração de soluções inorgânicos, em proporção inferior à capacidade de troca catiônico do solo, não altera suas propriedades elétricas de forma perceptível em estudos por meio do método geofísico da eletrorresistividade, ao passo que proporções que excedam capacidade de absorção natural são caracterizadas pela assinatura geoelétrica de baixa resistividade.
Palavras-chave
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