ESTRATIGRAFIA DO CRETÁCEO SUPERIOR DAS BACIAS DO SUDESTE DO CHACO E DO PARANÁ (“BACIA DO NORTE” – URUGUAI): IDADE MAASTRICHITIANA DO PROCESSO DE CALCRETIZAÇÃO
Resumo
Nos últimos 40 anos foram apresentadas sucessivas revisões da litoestratigrafia do Cretáceo Superior da Bacia do Norte, Uruguai, cujo registro é constituído predominantemente por rochas sedimentares continentais fossilíferas. Um fator que contribuiu para a proliferação de denominações litoestratigráficas foi a equivocada importância atribuída aos processos e produtos epigenéticos (calcretes e ferricretes, ocasionalmente fossilíferos) que afetaram as rochas siliciclásticas. Com base em trabalhos de campo e perfis litológicos de áreas-chave, confirmamos a validade da coluna estratigráfica originalmente proposta, da base para o topo composta pelas formações Guichón, Mercedes, Asencio and Queguay. Estas formações, com pequenos ajustes em relação à definição original, são úteis como unidades para fins de mapeamento. Um esquema evolutivo para o Cretáceo superior da Bacia do Norte é proposto com o objetivo de contribuir para o entendimento da sucessão de eventos sedimentares e epigenéticos. Com base na datação absoluta do cimento calcítico (~ 72 Ma; U-Pb), em dados paleontológicos e na correlação com eventos similares registrados na Formação Marília da Bacia Bauru no Brasil, é atribuída idade maastrichtiana para a cimentação e/ou substituição carbonática que afetou as formações Mercedes e Asencio, assim originando a Formação Queguay.
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