ESTRATIGRAFIA DO CRETÁCEO SUPERIOR DAS BACIAS DO SUDESTE DO CHACO E DO PARANÁ (“BACIA DO NORTE” – URUGUAI): IDADE MAASTRICHITIANA DO PROCESSO DE CALCRETIZAÇÃO

Gerardo VEROSLAVSKY, Natalie AUBET, Sergio A. MARTÍNEZ, Larry M. HEAMAN, Fernanda CABRERA, Valeria MESA

Resumo


Nos últimos 40 anos foram apresentadas sucessivas revisões da litoestratigrafia do Cretáceo Superior da Bacia do Norte, Uruguai, cujo registro é constituído predominantemente por rochas sedimentares continentais fossilíferas. Um fator que contribuiu para a proliferação de denominações litoestratigráficas foi a equivocada importância atribuída aos processos e produtos epigenéticos (calcretes e ferricretes, ocasionalmente fossilíferos) que afetaram as rochas siliciclásticas. Com base em trabalhos de campo e perfis litológicos de áreas-chave, confirmamos a validade da coluna estratigráfica originalmente proposta, da base para o topo composta pelas formações Guichón, Mercedes, Asencio and Queguay. Estas formações, com pequenos ajustes em relação à definição original, são úteis como unidades para fins de mapeamento. Um esquema evolutivo para o Cretáceo superior da Bacia do Norte é proposto com o objetivo de contribuir para o entendimento da sucessão de eventos sedimentares e epigenéticos. Com base na datação absoluta do cimento calcítico (~ 72 Ma; U-Pb), em dados paleontológicos e na correlação com eventos similares registrados na Formação Marília da Bacia Bauru no Brasil, é atribuída idade maastrichtiana para a cimentação e/ou substituição carbonática que afetou as formações Mercedes e Asencio, assim originando a Formação Queguay.


Palavras-chave


Cretáceo Superior; Litoestratigrafia; Calcretes; Bacia Norte.

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