ESTRATIGRAFIA DA BACIA SEDIMENTAR DE TIJUCAS DO SUL

Luis Fernando MOREIRA, Eduardo SALAMUNI, Fernando MANCINI, Robson Tadeu BOLZON, Fernando Farias VESELY

Resumo


A Bacia Sedimentar de Curitiba e a Bacia Sedimentar de Tijucas do Sul estão posicionadas sobre terrenos graníticos gnáissicos da borda leste do Paraná e embora distante uma da outra são comumente correlacionadas. Esse artigo mostra a diferença entre elas em termos da origem, preenchimento e cronologia. Os resultados demonstram que a Bacia de Tijucas é mais jovem, justificado por três pulsos sedimentares, possivelmente ocasionados por eventos tectônicos locais. O primeiro pulso (D1) é caracterizado por um sistema deposicional de leques aluvionares, com características paleocorrentes indicando fluxo para sul. O segundo (D2) é caracterizado pela migração dos canais para nordeste e leste, mudando o gradiente hidráulico que favoreceu incisões de canais fluviais, gerando superfície erosiva que marca o início da sedimentação do sistema fluvial. O pulso final (D3) é evidenciado pela ocorrência de canais do pulso anterior abandonados, suspensos no topo dos taludes. A sedimentação da Bacia de Tijucas do Sul ocorreu em clima úmido, diferentemente do clima semiárido proposto para a Bacia de Curitiba. As diferenças geográficas, cronológicas, sedimentares, (paleoambientais), paleontológicas e estratigráficas entre a Formação Guabirotuba (Bacia de Curitiba) e a Bacia de Tijucas do Sul justificam nesse trabalho a individualização dessa bacia sobre o nome Formação Tabatinga.


Palavras-chave


Bacia Sedimentar de Curitiba; Bacia Sedimentar de Tijucas do Sul; Rift Continental do Sudeste do Brasil; Tectônica ativa; Neotectônica.

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