ÁREA FONTE, PALEOINTEMPERISMO E PROVENIÊNCIA DAS SEQUÊNCIAS DO CRETÁCEO SUPERIOR DA BACIA BAURU (SUDESTE DO BRASIL)

Resumo

Análises geoquímicas e mineralógicas de arenitos e lamitos da Bacia do Bauru (SE Brasil) foram realizadas para determinar a proveniência, a configuração tectônica e o intemperismo durante o final do Cretáceo. A análise por difração de raios X (DRX) indica que as amostras são compostas por quartzo, microclina e hematita. Illita, montmorilonita e paligorskita são os principais argilominerais. As análises de fluorescência de raios X (XRF) e espectrometria de massa de plasma indutivamente acoplada (ICP-MS) determinaram a principal composição química das rochas da Bacia Bauru. Os principais elementos predominantes incluem SiO₂, Al₂O₃, Fe₂O₃, MgO, K₂O e TiO₂ e foram usados para determinar a composição das rochas e classificá-las como areias ferruginosas, litoarenitos, sublitoarenitos, grauvacas e folhelhos. Os elementos traços, incluindo os elementos de terras raras e as razões entre eles, determinaram a área fonte e sua configuração tectônica. Uma matriz de correlação incluindo elementos maiores e traços e gráficos de elementos maiores e traços e valores para as proporções de La / Sc (1,47-4,86), (La / Yb)_c (3,86-20,44) e a anomalia de Eu (Eu / Eu * = 0,62-0,92), comparados com os dados da literatura, indicam que a rocha-fonte está associada a um ambiente tectônico de margem passiva continental. A sucessão sedimentar da Bacia do Bauru deriva de rochas quartzíticas a graníticas-gnáissicas de áreas continentais estáveis. Os valores do Índice Químico de Alteração (CIA) e do Índice Químico de Intemperismo (CIW) variam, respectivamente, de 64,83 a 92,3 e 84 a 98,2, indicando um intemperismo moderado a intenso na área de origem em condições climáticas semiáridas.