ESTUDO SOBRE AS DIFERENÇAS DE ALTIMETRIA DO NÍVEL DA ÁGUA DE LAGOAS SALINAS E HIPOSSALINAS NO PANTANAL DA NHECOLÂNDIA: UM INDICATIVO DE FUNCIONAMENTO DO MEGA SISTEMA LACUSTRE

Teodoro Isnard Ribeiro de ALMEIDA, Antonio Conceição PARANHOS FILHO, Marcelo Monteiro da ROCHA, Gustavo Ferreira de SOUZA, Joel Barbujiani SÍGOLO, Reginaldo Antônio BERTOLO

Resumo


São apresentados dois conjuntos de dados do nível da água de lagoas salinas e hipossalinas no Pantanal da Nhecolândia, um mega sistema lacustre com milhares de lagoas de salinidade, pH e alcalinidade muito variados. O primeiro consta da altitude de 22 lagoas em situação de seca avançada. O segundo tem dados de 23 lagoas em fase de início de seca, com 11 re-amostradas ao fim da seca. Há dois padrões: as lagoas salinas estão em altitudes inferiores às hipossalinas vizinhas; as lagoas hipossalinas tiveram maior variação do nível da água que as de maior salinidade. Ambos os padrões podem ser explicados por hipótese corroborada por dados isotópicos: as águas de elevada alcalinidade dissolvem mais intensamente a areia quartzosa, re-precipitada como sílica amorfa em fases de seca extrema, implicando simultaneamente num rebaixamento das lagoas de pHs elevados e seu relativo isolamento do nível freático. O motor do aumento da alcalinidade é misto. Em parte é biogênico, pela absorção de CO2 e liberação de OH- por fitoplâncton, sobretudo em blooms de cianobactérias. Em parte é geoquímico: os baixos teores de Ca2+ impedem a precipitação de CaCO3, com a permanência em solução de altos teores de HCO3- e CO3(2-) elevando a alcalinidade.

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