Incêndios vegetacionais Indo-Brasileiros no Neopaleozoico: uma revisão dos registros de carvão vegetal macroscópico

André Jasper, Dieter Uhl, Rajni Tewari, Margot Guerra-Sommer, Rafael Spiekermann, Joseline Manfroi, Isa Carla Osterkamp, José Rafael Wanderley Benício, Mary Elizabeth Cerruti Bernardes-de-Oliveira, Etiene Fabbrin Pires, Átila Augusto Stock da Rosa

Resumo


Carvão vegetal macroscópico é amplamente aceito como um indicador direto da ocorrência de paleo-incêndios vegetacionais, sendo relativamente bem estudado e distribuído de forma homogênea em depósitos do Paleozoico Superior da Euramérica e Cataísia. Por outro lado, apenas alguns registros deste tipo de material foram publicados para o Paleozoico Superior do Gondwana e, somente recentemente foi demonstrado que carvão vegetal macroscópico (e, portanto, incêndios) também é comum no continente meridional. Os mais importantes registros do Gondwana se constituem em fragmentos carbonizados de lenhos gimnospérmicos e estão associados, principalmente, a depósitos de carvão mineral. Registros de macro-charcoal (carvão vegetal macroscópico) foram descritos para níveis do Paleozoico Superior da Bacia Damodar (Índia) e da Bacia do Paraná (Brasil), demonstrando que paleo-incêndios vegetacionais ocorriam em sequências e intervalos estratigráficos variados no Gondwana durante esse período. Com base nos registros publicados até o momento e em novos exemplares provenientes do nível de carvão Seam-IV, Formação Raniganj, Bacia Damodar (Lopingiano da Índia), uma revisão acerca dos registros indo-brasileiros de carvão vegetal macroscópico em níveis do Paleozoico Superior são apresentados. O material inédito foi analisado sob Microscópio Eletrônico de Varredura para a definição de características anatômicas, sendo estabelecida uma afinidade gimnospérmica para os fragmentos. Os dados apresentados reforçam a importância dos paleo-incêndios vegetacionais como elemento perturbador dos diferentes paleoambientes gondvânicos durante o Paleozoico Superior.


Palavras-chave


Macro-charcoal; Gimnospermas; Bacia do Paraná; Bacia Damodar; Permiano.

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DOI: http://dx.doi.org/10.11606/issn.2316-9095.v16i4p87-97

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