Identificação de geossítios prioritários para gestão do uso público: aplicação ao inventário do patrimônio geológico do estado de São Paulo

Resumo

A caracterização dos elementos da geodiversidade, por meio de diferentes métodos de inventário e avaliação quantitativa, nas últimas décadas, tem permitido identificar os sítios mais representativos da evolução geológica regional do estado de São Paulo. Entre os anos de 2013 e 2016, realizou-se a primeira fase do inventário do patrimônio geológico do estado São Paulo. Ao fim dessa etapa, foram definidos 142 geossítios integrados em 11 categorias geológicas, os quais foram caracterizados e avaliados de forma quantitativa de acordo com seu valor científico e risco de degradação, com o intuito de estabelecer prioridades de gestão futura. Entre os anos de 2017 e 2019, na segunda fase da pesquisa, os dados obtidos no inventário foram submetidos a uma análise visando ao diagnóstico de uso e proteção e à proposição de estratégias para a gestão e uso público desses geossítios. Atualmente, o inventário do patrimônio geológico do estado é composto de 143 geossítios, dos quais, com base no valor científico, 57 foram avaliados por como potenciais candidatos a integrar o inventário do patrimônio geológico nacional. Apesar disso, ainda são poucos os trabalhos que aplicam de forma sistemática as etapas de conservação e monitoramento de sítios geológicos. Nesse contexto, este trabalho apresenta a fase inicial de definição de uma metodologia para a avaliação da evolução do estado de conservação do patrimônio geológico e sua aplicação no estado de São Paulo, a fim de subsidiar futuras ações de gestão e preservação desse patrimônio. Nesta etapa foram avaliados 129 geossítios estaduais com base em três critérios definidos. Esta avaliação resultou, preliminarmente, na identificação de dez geossítios prioritários, os quais serão abrangidos nas etapas subsequentes.