Monitoramento temporal da pluma de contaminação no aterro de resíduos urbanos de Rio Claro (SP) por meio do método geofísico da eletrorresistividade

José Ricardo Melges Bortolin, Walter Malagutti Filho

Resumo


Diversos fatores têm contribuído para o aumento da produção mundial de resíduos sólidos urbanos, resultando em dificuldades no correto gerenciamento e disposição final ambientalmente adequada, além de ocasionar sérios problemas socioeconômicos, ambientais e de saúde pública. A contaminação de solos e águas subterrâneas por chorume nos locais de disposição dos resíduos quase sempre se faz presente, alavancando o surgimento e/ou a adaptação de metodologias para o diagnóstico ambiental destas áreas. Os métodos geofísicos, em especial o método da eletrorresistividade, são uma alternativa rápida, confiável e de baixo custo para esta finalidade. Neste artigo é reportada a metodologia adotada para o monitoramento temporal indireto da pluma de contaminação do aterro controlado do município de Rio Claro (SP). Dados de resistividade elétrica foram obtidos nos anos de 1999 e 2008, por meio do método da eletrorresistividade, empregando as técnicas da sondagem elétrica vertical e do imageamento elétrico. Em ambos os anos, foram executados ensaios semelhantes e nos mesmos locais, dentro da área do aterro. Os resultados indicaram que a pluma de contaminação apresenta valores de resistividade iguais ou menores a 50 ohm.m e se desloca segundo 2 sentidos de fluxo: o principal para sudeste e o secundário para oeste. Relativamente à primeira série de ensaios, em 1999, a pluma de contaminação apresentou-se maior e mais profunda no ano de 2008, contrariando o que se esperava para um aterro desativado há, pelo menos, 10 anos.

Palavras-chave


Resistividade elétrica;Aterro;Chorume;Sondagem elétrica vertical;Imageamento elétrico;Geofísica

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DOI: http://dx.doi.org/10.5327/Z1519-874X2012000300007

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