A FAUNA DA FORMAÇÃO BREJO SANTO, NEOJURÁSSICO DA BACIA DO ARARIPE, BRASIL: INTERPRETAÇÕES PALEOAMBIENTAIS

BRUNO GONÇALVES VIEIRA DE MELO, ISMAR DE SOUZA CARVALHO

Resumo


A Bacia do Araripe teve sua origem e evolução relacionadas aos eventos tectônicos que culminaram com o rifteamento do Gondwana e abertura do oceano Atlântico Sul. Os depósitos do Neojurássico da bacia estão inseridos na Tectonossequência Pré-Rifte e compreendem a Formação Brejo Santo. Os macrofósseis e microfósseis incluem peixes Mawsonia gigas e Lepidotes sp., Crocodyliformes, Dinosauria, e invertebrados como ostracodes, conchostráceos, gastrópode, biválvio, além de icnofósseis. A associação fossilífera, aliada às observações sedimentológicas dos afloramentos, torna possível caracterizar o ambiente deposicional. O predomínio de camadas lutíticas vermelhas (red beds) evidencia a deposição em corpos d’água rasos, em condições oxidantes, de áreas alagadas da planície de inundação, em clima árido, associados a momentos esporádicos de inundação fluvial. A ocorrência de níveis carbonáticos e a diversidade de ostracodes mixohalinos (citeráceos), sugerem que as áreas alagadas eram caracterizadas por águas salobras (salinidade entre 1 e 24,7 %), temperadas ou quentes e com pH alcalino. A ostracofauna permite concluir que os depósitos em análise pertencem ao andar local Dom João (Biozona NRT-001 da Petrobras) - Neojurássico.


Palavras-chave


Bacia do Araripe; Formação Brejo Santo; Neojurássico; Associação fossilífera.

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DOI: http://dx.doi.org/10.11137/2017_3_62_74

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