ERODIBILIDADE DE SOLOS EM TALUDES DE CORTE DE ESTRADA NÃO PAVIMENTADA

DANIELLE LIMA SOARES, HELENA POLIVANOV, EMÍLIO VELLOSO BARROSO, LAURA MARIA GORETTI DA MOTTA, CRISTIANO CAMACHO DE SOUZA

Resumo


Estradas não pavimentadas possuem grande importância para uma parcela significativa da população brasileira, pois permitem o acesso da população rural à educação e à saúde, realizam as conexões entre as áreas rurais e os centros urbanos e é através delas que se escoam as produções agrícolas. Apesar da importância social e econômica dessas estradas, é possível observar a abertura das mesmas, sem estudos prévios adequados, com relação à erosão hídrica e à estabilidade dos solos presentes nos taludes de corte. Este fato resulta em prejuízos econômicos oriundos da restauração das vias e das interrupções ocasionadas por instabilidades dos taludes de corte. O propósito desta pesquisa é avaliar a erodibilidade de solos em taludes de estradas vicinais da cidade de Bom Jardim, na região serrana do estado do Rio de Janeiro, tendo em conta os processos erosivos já instalados, a vocação agrícola do município e a grande extensão da malha viária não pavimentada. O método de trabalho teve início com o levantamento de campo, de taludes de estradas com evidentes sinais de erosão, em uma microbacia subordinada ao Rio Grande. Após a descrição de campo das feições erosivas e dos perfis de solo presentes nestes taludes, coletaram-se os diversos horizontes para posterior caracterização física e mineralógica em laboratório. Avaliou-se a erodibilidade de cada horizonte de solo com base nos resultados das observações de campo, através dos índices de erodibilidade e dos Ensaios Inderbitzen Modificado, conduzidos considerando-se os declives médios regionais e regime de chuva intensa em simulador especialmente construído para este fim. Os resultados apontam para a maior erodibilidade dos horizontes C em relação aos demais horizontes do ARGISSOLO e LATOSSOLO estudados. Este fato explica o principal processo de instabilidade observado, erosão da base do talude e queda dos horizontes superiores. Conclui-se que os taludes de corte na região devem ser executados evitando-se a exposição do horizonte C ou da rocha alterada e, quando isto não for possível, é necessária adoção de medidas que evitem a erosão hídrica.


Palavras-chave


Estradas não Pavimentadas; Taludes de Corte; Erodibilidade; Ensaio Inderbitzen Modificado.

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DOI: http://dx.doi.org/10.11137/2018_1_179_193

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