O FOLHELHO LONTRAS (PERMIANO, BACIA DO PARANÁ) E SEUS FÓSSEIS: DESCOBERTA, IDENTIFICAÇÃO E CONHECIMENTO ATUAL

LUCAS DEL MOURO, ANTONIO CARLOS SEQUEIRA FERNANDES, MARCELO DE ARAUJO CARVALHO, LUIZ CARLOS WEINSCHUTZ

Resumo


Criado em 1907 por alunos e admiradores do geólogo Nathaniel Southgate Shaler, da Universidade de Harvard, o Shaler Memorial Fund possibilitou, em sua primeira contribuição de fomento à pesquisa, a organização de uma expedição ao Sul e Sudeste do Brasil, para confirmação de suas ideias sobre a existência de camadas glaciais anteriores ao Pleistoceno. Sob a chefia do geólogo norte-americano Jay Backus Woodworthy e participação do geólogo brasileiro Euzébio de Oliveira, a expedição não somente comprovou a presença de evidências glaciais, como também permitiu a descoberta de camadas marinhas intercaladas, fossilíferas, posteriormente denominadas como Folhelho Lontras, Grupo Itararé. Os fósseis, estudados inicialmente pelo paleontólogo norte-americano Rudolf Ruedemann e por Euzébio de Oliveira, tiveram seus estudos intensificados a partir da década de 1980, com a identificação de novos afloramentos e acompanhando as novas análises sobre a evolução geológica da sucessão sedimentar carbonífera e permiana da Bacia do Paraná. Disputas de ordem econômica e discussões sobre a preservação dos sítios de ocorrência do Folhelho Lontras, além da descoberta do novo afloramento designado como CAMPÁLEO, reativaram o interesse sobre a unidade e seu conteúdo paleontológico, intensificando seus estudos. Pouco conhecido pela comunidade acadêmica brasileira, o contexto histórico do Folhelho Lontras é relatado no presente artigo, ressaltando a importância do Shaler Memorial Fund como responsável pelas descobertas geológicas e paleontológicas que se seguiram, por mais de um século.


Palavras-chave


Shaler Memorial Fund; Folhelho Lontras; Permiano.

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DOI: http://dx.doi.org/10.11137/2018_2_636_646

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