GEOLOGIA, PETROLOGIA E EVOLUÇÃO MAGMÁTICA DAS ROCHAS ALCALINAS FÉLSICAS DA ILHA DE VITÓRIA, SÃO PAULO, BRASIL
Resumo
Este trabalho apresenta as características geológicas, petrográficas e geoquímicas das rochas alcalinas do Complexo Intrusivo da Ilha de Vitória, SP, bem como as datações radiométricas, e discute processos da evolução geoquímica do magma. O corpo intrusivo tem em torno de 3 km de diâmetro e as áreas emersas das ilhas correspondem à borda nordeste do corpo intrusivo. A intrusão principal é constituída por nefelina sienito na parte central, sienito com nefelina na parte externa, sienito na borda e sienito com quartzo na zona de contato cujo feldspato alcalino é o ortoclásio. O clinopiroxênio tem composição variando de hedenbergita, soda-augita a aegirina-augita e, alguns cristais apresentam-se reabsorvidos e bordas de reação de anfibólio. Essas rochas são intrudidas por diques de fonolito, traquito e lamprófiro. Conforme a relação intrusiva, os diques são subdivididos em duas gerações. A primeira geração forma um sistema radial e, a segunda, um sistema paralelo com orientação NE-SW e deslocamento sinistral. As rochas alcalinas variam de subsaturadas a supersaturadas em sílica, são peralcalinas a peraluminosas e pertencem à série potássica. As idades K-Ar para anfibólio do álcali sienito com nefelina e do álcali sienito são, respectivamente, 89.58 ± 3.18 Ma e 84.35 ± 3.92 Ma. As rochas são fortemente fracionadas e o índice de diferenciação é alto, em média 88.15, indicando fracionamento de minerais máficos. A proporção K2O/(K2O+Na2O) é baixa, em média 0.51, sugerindo possível cristalização de leucita e feldspato potássico, como observado nas lâminas petrográficas.
Palavras-chave
Texto completo:
PDF (English)DOI: http://dx.doi.org/10.11137/2018_3_125_136
Apontamentos
- Não há apontamentos.