Influência de Variações Ambientais e da Dinâmica Sedimentar na Distribuição de Foraminíferos no Estuário do Rio Potengi (RN, Brasil)

Cristiane Leão Cordeiro de Farias, Patrícia Pinheiro Beck Eichler, Helenice Vital, Moab Praxedes Gomes

Resumo


Este trabalho consiste na análise da distribuição espacial de foraminíferos como bioindicadores de stress ambiental e poluição em sedimentos superficiais do estuário Rio Potengi e plataforma adjacente. Foram coletadas 42 amostras nos anos de 2011 e 2012 e aplicadas análises estatísticas univariadas e multivariadas (diversidade, dominância, equitatividade, PCA, CLUSTER e BIOENV) sobre uma matriz de dados bióticos (foraminíferos bentônicos) e abióticos (profundidade, salinidade, temperatura, granulometria, matéria orgânica, CaCO3). O estuário é dominado por foraminíferos calcários hialinos (Ammonia tepida, Hanzawaia boueana) associados às frações arenosas finas, enquanto a plataforma interna é dominada por espécies porcelanáceas (Quinqueloculina lamarckiana, Q. miletti) e aglutinantes (Caronia exilis, Textularia earlandi), associadas à granulometria grossa. A presença de organismos mixohalinos (Caronia exilis e Trochammina spp.) na plataforma indicam contribuição estuarina na composição de sedimentos da plataforma e no transporte de efluentes de esgotos. A granulometria, CaCO3, matéria orgânica, aportes fluviais e marinhos são os principais fatores que influenciam na distribuição dos foraminíferos. Espécies oportunistas (Ammonia tepida, Quinqueloculina patagonica) associadas às granulometria fina e elevados teores de matéria orgânica revelaram locais com poluição crítica dos sedimentos no interior do estuário, onde mantiveram-se constantes nos anos de 2011 e 2012.


Palavras-chave


Estuário; Plataforma interna; Foraminíferos bentônicos; Acidez; Granulometria.

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DOI: http://dx.doi.org/10.11137/2019_3_112_128

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