A Paleoictiofauna da Formação Romualdo, Cretáceo Inferior, da Bacia Sedimentar do Araripe, Pernambuco, Nordeste do Brasil

Gabriel Levi Barbosa Lopes, Alcina Magnólia Franca Barreto

Resumo


Os peixes fósseis da Bacia do Araripe são estudados desde o século XVII, possuindo um grande número de publicações, porém, poucos trabalhos abordam a porção oeste-sudoeste da bacia, nos estados de Pernambuco e Piauí. O objetivo deste trabalho é apresentar a diversidade da paleoictiofauna da Formação Romualdo no estado de Pernambuco (porção sudoeste da bacia) e comparar com a diversidade conhecida no estado do Ceará (porção leste da bacia). O material de estudo compreende 564 fósseis provenientes de 40 sítios fossilíferos dos municípios de Araripina, Exu, Trindade, Ipubi e Ouricuri, depositados no acervo da Coleção Científica Paleontológica do Departamento de Geologia da Universidade Federal de Pernambuco (DGEO-CTG-UFPE), tendo sido identificados 13 táxons: Vinctifer comptoni, Rhacolepis buccalis, Tharrhias araripis, Notelops brama, Cladocyclus gardneri, Calamopleurus cylindricus, Brannerion sp., Santanichthys diasii, Neoproscinetes penalvai, Axelrodichthys araripensis, Araripelepidotes temnurus, Paraeolops cearensis, Iansan beurleni. Foi aplicado o Índice de Shannon-Wiener visando conhecer a diversidade, o percentual das espécies e abundância no estado de Pernambuco. A espécie mais abundante foi V. comptoni (34,5%). R. buccalis (12,9%), C. gardneri (10,4%), Brannerion sp. (9%), N. brama (8,8%), T. araripis (7,9), C. cylindricus (6%) e S. diasii (4,7%), foram espécies de abundancia moderada. As espécies mais raras são N. penalvai (1,7%), A. araripensis (1,6%), A. temnurus (0,7%), P. cearensis (0,7%) e I. beurleni (0,7%). A associação fossilífera estudada apresenta maior semelhança com o município de Jardim, Ceará, devido à grande abundância de V.comptoni e a presença de R. buccalis, Brannerion sp., C. gardneri, C. cylindricus como espécies de ocorrência moderada.


Palavras-chave


Paleoictiofauna; Formação Romualdo; Diversidade; Bacia do Araripe.

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DOI: http://dx.doi.org/10.11137/2019_4_396_409

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