Exumação das Rochas Mantélicas no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, Oceano Atlântico Equatorial, e sua Implicação na Possível Geração de Hidrocarbonetos Abiogenéticos por Serpentinização

Akihisa Motoki, Susanna Eleonora Sichel, Thais Thais Vargas, Peter Peter Szatmari, Alcides Nobrega Sial, José Antônio Baptista Neto, Isa Brehme, Kenji Freire Motoki, Aurélio Kasakewitch Ribeiro

Resumo


Este trabalho apresenta a exumação das rochas mantélicas no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, Oceano Atlântico Equatorial, e sua implicação na possível geração de hidrocarbonetos abiogenéticos por serpentinização. Na zona de falhas transformantes de São Paulo, observam-se duas condições tectônicas contrastadas para exumação do manto: Distensão no centro de espalhamento amagmático e compressão ao longo da cadeia de transpressão. No fundo do oceano, as rochas ultramáficas do manto exumado reagem quimicamente com a água do mar gerando energia térmica e hidrocarbonetos abiogenéticos, o fenômeno denominado serpentinização. O espalhamento amagmático com a formação de megamullion ocorre ao longo dos segmentos inter-transformantes da cadeia meso-oceânica. As rochas ultramáficas são originadas no manto superficial e possuem serpentinização avançada e deformação plástica pouco expressiva. Os porfiroblastos de olivina apresentam fraturamento rúptil. Por outro lado, a cadeia de transpressão ocorre ao longo do trecho da falha transformante em que a direção da falha e o movimento relativo das placas são oblíquos. Devido à discordância direcional, o movimento transcorrente gera o esforço de compressão perpendicular à falha. Este esforço levanta o manto profundo subjacente a partir da profundidade de deformação dúctil até a superfície da Terra. A cadeia de transpressão no Arquipélago de São Pedro e São Paulo, denominada Cadeia de Brachiosaurus, é o único exemplo confirmado exumação do manto acima do nível do mar no Oceano Atlântico. As rochas do manto têm serpentinização pouco expressiva e deformação plástica extremamente desenvolvida, apresentando textura milonítica. Os porfiroclastos e a matriz apresentam tanto o fraturamento rúptil quanto a deformação plástica.

Palavras-chave


Exumação do manto; Serpentinização; Hidrocarboneto abiogenético; Zona de falhas transformantes de São Paulo; Cadeia de transpressão

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DOI: http://dx.doi.org/10.11137/2015_1_05_20

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