Ostracodes do Estuário do Rio Arade, Algarve - Portugal

Lazaro Laut, Maria Antonieta da Conceição Rodrigues, Frederico S. Silva, Letícia Guedes de Mentzingen, Maria Virgínia Alves Martins, Tomasz Boski, Ana Isabel Gomes, Luiz F. Fontana, Iara M.M.M. Clemente, Pierre Belart, Rodrigo L. Ribeiro, João Graciano Mendonça -Filho

Resumo


A análise de correspondência destendenciada (DCA) aplicada à abundância relativa das espécies de ostracodes e aos parâmetros físico-químicos, sedimentológicos e geoquímicos permitiu dividir o estuário do rio Arade em quatro setores: Setor I – localiza-se entre a foz e a cidade de Portimão, que foi caracterizado pelo maior número de espécies de ostracodes, valores mais altos de salinidade e pH, sedimento arenoso e maior concentração de proteínas no sedimento. Este setor foi considerado com maior infuência marinha, alta produtividade fitoplanctônica; Setor II – localizado nos arredores da cidade de Parchal, foi caracterizado pelo maior valor de diversidade H’ e pela ocorrência das espécies Leptocythere lacertosa, Herpetocypris helenae e Leptocythere porcellanea. Neste setor foi identificada a maior concentração de enxofre e de sedimentos finos; Setor III – localizado entre as cidades de Parchal e Silves, este setor apresentou grande concentração de carbono orgânico, sedimento fino e de biopolímeros (carboidratos, lipídios e proteinas). Neste setor foram identificadas somente as espécies dominantes do estuário (Loxoconcha elliptica, Cytherois fischeri e Leptocythere lacertosa); Setor IV – localizado na cidade Silves, este setor apresentou a maior concentração de lipídios e da fração silte de todo o estuário. Dentre os setores identificados, este é o mais confinado, onde há deposição dos efluentes da cidade Silves. A análise em DCA demonstrou que a espécie Loxoconcha elliptica é a espécie mais característica deste setor e por isso, pode ser considerada como um bioindicador de ambientes confinados.

Palavras-chave


Ostracodes; Biopolímeros; Estuários de mesomaré; Compartimentação ambiental

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DOI: http://dx.doi.org/10.11137/2015_2_115_126

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