Petrogênese e idade de escarnitos associados a diques félsicos e metamáficos do Complexo Paraíba do Sul, sul do Espírito Santo
Raissa Beloti de Mesquita, Hanna Jordt‑Evangelista, Gláucia Nascimento Queiroga, Edgar Batista de Medeiros Júnior, Ivo Antônio Dussin
Resumo
Este trabalho apresenta o estudo de petrografia, química mineral e geocronologia de escarnitos gerados no contato de mármores do Complexo Paraíba do Sul com diques metamáficos e félsicos, no sul do Espírito Santo. Os mármores foram metamorfizados sob condições de pressão e temperatura da fácies granulito durante a fase sin-colisional do orógeno neoproterozoico Araçuaí. Os corpos metamáficos são compostos de anfibolito e hornblenda granofels, enquanto os diques félsicos consistem de álcali-feldspato granito, monzogranito ou sienogranito. Do mármore para o dique, escarnitos associados com os diques metamáficos são compostos das zonas carbonato + olivina e diopsídio + hornblenda. Escarnitos associados com os diques graníticos são compostos de três zonas mineralógicas distintas: carbonato + tremolita, diopsídio e escapolita + diopsídio. Variações na composição química mineral ao longo das zonas metassomáticas sugerem introdução de Mg e Ca dos mármores, Fe dos diques metamáficos e Na dos granitos. A presença de espinélio nos diques metamáficos e em seus escarnitos indica que ambos foram metamorfizados sob condições de fácies granulito durante o estágio sin-colisional (580–560 Ma). A geocronologia U-Pb via LA-ICP-MS em zircões de um dique de álcali-feldspatogranito resultou em uma idade de cristalização de ca.540 Ma, o que sugere que seus escarnitos são, portanto, mais novos que os escarnitos associados com os diques metamáficos sin-colisionais.
Palavras-chave
Escarnitos; Petrogênese; Geocronologia; Complexo Paraíba do Sul.
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DOI:
http://dx.doi.org/10.1590/2317-4889201720160086
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