Arquitetura sísmica do sistema fluvio-estuarino da Baía de Sepetiba preservado na estratigrafia rasa da plataforma adjacente, Rio de Janeiro, Brasil: The seismic architecture of the Sepetiba fluvio-estuarine system preserved on the shallow stratigraphic record on the offshore inner-mid shelf, Rio de Janeiro, Brazil
Resumo
A análise de dados de reflexão sísmica monocanal Boomer adquiridos na plataforma continental interna-média (até ~60 m de profundidade) ao largo da Baía de Sepetiba, Rio de Janeiro, Brasil, revelou a ocorrência de uma sucessão sedimentar preservada de 15 - 25 m de espessura, sismicamente interpretada como representando ambientes fluvio-estuarinos passando para marinhos rasos. A preservação de unidades de corte e preenchimento de canais estuarinos, de provável idade Pleistoceno Tardio-Holoceno na plataforma interna-média (até ~30 km da costa), evidencia, pela primeira vez na área, a existência de um paleo sistema fluvial bastante desenvolvido preservado na plataforma rasa e correlato à bacia hidrográfica a montante que atualmente alimenta a Baía de Sepetiba. Além disso, uma série de elementos arquiteturais da sucessão sedimentar estuarina, como canais de maré retrogradantes, registra a evolução do paleo sistema estuarino de um sistema aberto a um sistema parcialmente protegido durante a última deglaciação. A formação e erosão de uma sucessão de ilhas-barreira isoladas e canais de maré durante a transgressão marinha que acompanhou a última deglaciação global persistiu até o desenvolvimento de uma superfície estratigráfica superior na área, interpretada como a superfície de máxima inundação (MFS) no registro estratigráfico. A ilha barreira atual (Restinga da Marambaia) prograda sobre a MFS como uma feição deposicional regressiva, apontando para uma idade mais jovem do que ~5,8 ka A.P., idade da transgressão máxima na área, de acordo com a literatura disponível.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.5327/Z2317-48892013000100011
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