CARBONATITOS LINEARES DE CINTURÕES MÓVEIS : UMA SÍNTESE
Resumo
Carbonatitos lineares de cinturõçs móveis alojam-se em zonas de falhas, estendem-se por dezenas de quilômetros, não têm associação com rochas alcalinas magmáticas, mas acham-se envoltos por possantes auréolas zonadas de metassomatitos alcalinos (fenitos). Apresentam disposição concordante em relação às rochas encaixantes, perlongando-se paralelamente à estruturação geral do cinturão móvel; a intrusão desses corpos é anterior à estabilização do cinturão móvel e corresponde à fase pré-orogênica. Ocorrem em cinturões atuais, faixas de dobramentos do Neógeno e em seus análogos do Paleozóico e Proterozóico. Têm uma composição mineralógica relativamente simples, com uma fácies petrográfica e um único estágio de intrusão; exibem uma notória diferenciação vertical, caracterizada por três fácies distintas de carbonatitos em função da profundidade de colocação em relação ao paleorelevo: baixa (2-5 km, T< 400°C, P<1,5 kbar); média (5-10 km, T= 400-600°, P=l,5-3,0 kbar) e alta (> 10 km, T>600° C, P>3 kbar). Cada uma das fácies é representada por uma assembleia própria de minerais tipomórfïcos formadores de rocha e de minério. A guisa de exemplo, descrevem-se os traços mais gerais de dois dos carbonatitos lineares mais bem estudados no exterior e o único do género conhecido no Brasil até o presente.
Palavras-chave
Carbonatitos lineares; Cinturões móveis; Faixas de dobramento; Depósitos minerais.
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