RELAÇÕES ISOTÓPICAS Rb-Sr E Sm-Nd E IDADES DO MAGMATISMO GRANÍTICO BRASILIANO DA REGIÃO LESTE DO CINTURÃO DOM FELICIANO NO RIO GRANDE DO SUL: EVIDÊNCIAS DE RETRABALHAMENTO DE CROSTA CONTINENTAL PALEOPROTEROZÓICA

JOSÉ CARLOS FRANTZ, NILSON FRANCISQUINI BOTELHO, MÁRCIO MARTINS PIMENTEL, ALAN POTREL, EDINEI KOESTER, ROBERTO SANTOS TEIXEIRA

Resumo


O presente trabalho trata dos granitóides brasilianos da região leste do Cinturão Dom Feliciano no Rio Grande do Sul. Os dados apresentados para o magmatismo, com relação às idades Rb-Sr e às idades modelo Sm-Nd, indicam que as intrusões graníticas que se sucederam entre 800 e 585Ma foram geradas com a participação de uma fonte mais antiga. Esta fonte pode representar um manto enriquecido por um período superior ao que seria esperado na evolução de arcos magmáticos ou representar uma forte participação de crosta continental mais antiga na gênese desse magmatismo, iniciado durante um regime de colisão continental. A evolução tectônica da área, o longo período de tempo observado entre as manifestações graníticas associadas a um regime tangencial e as associadas a um regime transcorrente, as relações entre isótopos de Sr e de Nd e os valores negativos de εNdt sugerem uma forte participação de crosta mais antiga. Essa crosta, possivelmente constituída por protólitos gnáissicos de idade paleoproterozóica gerada durante o Ciclo Trasamazônico, participou da constituição das fontes do magmatismo granítico dessa parte do cinturão. As variações observadas nas idades modelo, nos valores negativos de εNdt e nas razões de Nd, nos granitóides cálcio-alcalinos, sugerem diferentes proporções para essa participação de crosta continental mais antiga ou, ainda, diferentes graus de homogeneização nas fontes desses magmas. Nos granitóides peraluminosos resultantes da fusão de crosta continental há indicações de fontes diferentes para os vários corpos trabalhados.

Palavras-chave


Granitóides; Rb-Sr e Sm-Nd; Cinturões Dom Feliciano.

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