ESTRATIGRAFIA GEOQUÍMICA DOS DERRAMES BASÁLTICOS CONTINENTAIS DA BACIA DO PARANA: EVIDENCIAS DE FUROS DE SONDAGEM.

DAVID W. PEATE, MARTA S. M. MANTOVANI, CHRIS J. HAWKESWORTH

Resumo


O estudo estratigráfico das grandes províncias de basaltos continentais permite inferir a estrutura e a evolução seqüencial do vulcanismo, visando uma melhor compreensão dos processos geodinâmicos que geraram e provocaram a erupção de suas lavas. No caso da província de basaltos continentais da Bacia do Paraná, tais estudos permaneceram até agora confinados à parte SE, em território brasileiro, única região em que a Formação Serra Geral é exposta ao longo da escarpa costeira. No presente trabalho, apresenta-se uma análise estratigráfica em amostras de calha extraídas de furos de sondagens para exploração de petróleo, situados na região central da Bacia do Paraná. As análises de elementos maiores e traços permitiram distinguir três unidades geoquímicas em relação a seu conteúdo de Ti02 (baixo, intermediário e alto), e demonstrar a validade dos dados geoquímicos no material utilizado. A estratigrafia em cada perfuração se mantém coerente com uma transição de lavas de baixo Ti para alto Ti e para Ti intermediário. Com o passar do tempo, observa-se uma superposição das unidades geoquímicas com mergulho para o norte, o que sugere uma migração do vulcanismo da região central do Paraná em direção ao norte. Os dados disponíveis de estratigrafia geoquímica das vulcânicas efusivas da Bacia do Paraná são representados numa secção N-S da Formação Serra Geral, onde se observam: o empilhamento das unidades nas perfurações mais ao norte; a complexa transição entre os tipos de magmas de alto Ti nos perfis costeiros do Estado de Santa Catarina; e a concentração das vulcânicas ácidas ao longo da atual margem continental.


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