ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DO CRETÁCEO MARINHO DA MARGEM LESTE DA BACIA POTIGUAR

JOEL C. DE CASTRO, MARTHA C. VIVIERS, MARÍLIA S. P. REGALI

Resumo


O Cretáceo marinho (Albiano a Maastrichtiano) da margem leste da Bacia Potiguar foi objeto de uma análise estratigráfica detalhada. As rochas representativas deste intervalo se assentam discordantemente sobre depósitos lacustres do Eocretáceo (Alagoas) ou sobre o embasamento. O Cretáceo marinho foi dividido em seis seqüências deposicionais, com cárater cronoestratigráfico; seqüências clásticas e carbonáticas de plataforma são separadas entre si por eventos transgressivos regionais, enquanto o limite inferior das seqüências de talude é erosivo. As seqüências e seus correspondentes sistemas deposicionais são: VI elásticos de talude em onlap (Formação Ubarana), Maastrichtiano-Campaniano; V carbonatos de plataforma e talude (Formação Jandaíra), Campaniano-Turoniano; IV clásticos flúvio-deltaicos (Formação Açu), Neocenomaniano; III clásticos de talude em onlap (Formação Ubarana), Meso-eocenomaniano; II elásticos e carbonatos de plataforma (formações Açu e Ponta do Mel), Neoalbiano; I clásticos flúvio-deltaicos (Formação Açu), Meso-eoalbiano. Os depósitos de talude em onlap da sequência III estão localizados no canyon de Ubarana, uma feição erosiva originada ao final do Albiano e que permaneceu até o Terciário, quando foi preenchida pelos espessos derrames basálticos da Formação Macau (Eomioceno e Oligoceno). O mapeamento dessas seqüências e respectivos sistemas permite compreender a evolução estrutural e estratigráfica da bacia.


Texto completo:

PDF (English)

Apontamentos

  • Não há apontamentos.