SEQUÊNCIAS TECTONO-SEDIMENTARES MESOPALEOZÓICAS DA BACIA DO PARANÁ, SUL DO BRASIL
Resumo
Os sedimentos pré-carboníferos da Bacia do Paraná são analisados regionalmente, integrandose dados de superfície e subsuperfície. Novas correlações são aventadas e ressaltada a importância das ocorrências de diamictitos, incluídas anteriormente nas Formações Iapó, Vila Maria e Rio Ivaí, como horizontes cronocorrelatos associados à glaciação gondwânica neo-ordoviciana. A natureza concordante do contato entre as Formações Furnas e Ponta Grossa é demonstrada, assim como a existência de uma expressiva discordância no Siluriano Superior, separando a Formação Furnas dos sedimentos ordovício-silurianos. São caracterizadas duas sequências tectono-sedimentares pré-carboníferas, separaradas por discordâncias regionais, constituindo dois grandes ciclos transgressivo-regressivos, incompletos no topo por erosão. A sequência ordovício-siluriana (Grupo Rio Ivaí) compreende conglomerados basais e arenitos fluviais sucedidos por arenitos litorâneos e marinhos rasos (Formação Alto Garças), sobrepostos por diamictitos (Formação Iapó), folhelhos marinhos transgressivos e arenitos litorâneos (Formação Vila Maria), correlatos aos grupos Caacupé e Itacurubi, descritos na porção paraguaia da bacia. A sequência devoniana (Grupo Paraná) inicia-se com uma seção psamíticopsefítica (Formação Furnas), predominantemente continental, na base, e com crescente influência marinha em direção ao topo, depositada em deltas construídos por rios entrelaçados. O empilhamento é retrogradacional culminando com o recobrimento por uma seção predominantemente pelítica marinha (Formação Ponta Grossa), onde distinguem-se duas superfícies de máxima inundação, separadas por arenitos deltaicos progradacionais provindos de leste e nordeste.
Palavras-chave
Bacia do Paraná; Sequências tectono-sedimentares; Ordoviciano-Siluriano; Devoniano; Glaciação neo-ordoviciana.
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