AMALGAMAÇÃO DO GONDWANA OCIDENTAL NO PANAFRICANO-BRASILIANO E O PAPEL DA GEOMETRIA DO CRÁTON DO SÃO FRANCISCO NA ARQUITETURA DA FAIXA RIBEIRA
Resumo
O Gondwana Ocidental foi formado no final do ciclo tectônico Panafricano/Brasiliano, a cerca de 600 Ma, devido a aglutinação de quatro placas litosféricas principais: os Crátons da África do Oeste, Amazônico e Rio de Ia Plata, formando uma megaplaca, a Placa Congo/São Francisco, a Placa Kalahari e a Placa Nordeste do Brasil/Centro-Oeste Africana. As faixas de dobramentos brasilianas relacionadas a esta colisão são: as Faixas Submeridionais Trans-Sahariana, Araguaia, Brasília, Araçuaí, Oeste-Congo, Ribeira, Dom Feliciano, Gariep e Malmesbury, e as Faixas Transversais Oubanguide/Sergipe e Damara, dispostas aproximadamente na direção E-W. A maioria delas resulta de multi-estágios colisionais complexos, que ocorreram em decorrência do fechamento de um amplo oceano submeridional, denominado Adamastor, em sua extremidade sul. Uma delimitação precisa das diferentes placas e o estudo de suas interações são importantes para uma melhor compreensão dos processos orogênicos que resultaram na formação das faixas brasilianas. Isto está bem exemplificado para a Faixa de Dobramentos Ribeira, onde as suas feições estruturais principais são em grande parte decorrentes da abrupta terminação do Cráton do São Francisco em sua extremidade meridional. Um modelo de colisão continental com escape lateral é sugerido para explicar o padrão estrutural da Faixa Ribeira.
Palavras-chave
Reologia; Compartimentação tectônica; Análise cinemática.
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