EVOLUÇÃO CRUSTAL DO BLOCO SÃO ROQUE, NA REGIÃO SUDESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO

PETER C. HACKSPACHER, ANTÔNIO M. GODOY, MARCOS A.F. OLIVEIRA

Resumo


O mapeamento geológico realizado nas proximidades das cidades de Itu, Cabreúva e Pirapora do Bom Jesus - SP permitiu reconhecer feições estruturais, metamórfícas e magmáticas relacionadas à história pré-cambriana presente nos blocos Jundiaí, São Roque e Embu. A partir das informações obtidas no Bloco São Roque, entre as zonas de cisalhamento Itu-Jundiuvira e Taxaquara, reconheceu-se uma estruturação a partir de uma distensão da crosta Transamazônica por volta de l,8 Ga, com sedimentação e vulcanismo dos Grupos Serra do Itaberaba e São Roque. Assumindo uma subducção tipo A Brasiliana/Panafricana com mergulho para E, estabeleceu-se uma colisão com deformação Dn+l/+2 inicial, com foliação suborizontal e vergência, ora para noroeste, ora para nordeste. Segue-se a fase de deformação principal Dn+3, de orientação NE-SW, registrada nas litologias do Complexo Itapira, Grupos Serra do Itaberaba/São Roque e nas rochas ígneas associadas. A esta fase relacionam-se regimes que vão desde transtensivo, associado à colocação dos granitos brasilianos, até transcorrente/transpressivo, com formação de dobras normais e com foliação milonítica vertical nas zonas de cisalhamento, principalmente junto aos limites de blocos. Uma tectônica rúptil oblíqua mais tardia, com direção NE-SW, é observada principalmente no Maciço Granitóide Sorocaba, através da exposição lateral de blocos de diferentes níveis crustais.

Palavras-chave


Grupo São Roque; Orogênese Brasiliana; Regimes transtensionais e transpressionais.

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