ESTRATIGRAFIA E SEDIMENTOLOGIA DO PROTEROZÓICO MÉDIO E SUPERIOR DA REGIÃO SUDESTE DO CRÁTON AMAZÔNICO

CARLOS J. S. ALVARENGA, GERSON S. SAES

Resumo


O sudeste do Cráton Amazônico é formado por seqüências do Arqueano ao Proterozóico Inferior, que apresentam gnaisses, rochas verdes (greenstone belts) e suítes graníticas. Durante o Proterozóico Médio, a ruptura deste cráton se deu ao longo de zonas de fraquezas preexistentes originando bacias cujos limites são formados por falhas reativadas do embasamento. Essas bacias foram preenchidas pelos sedimentos dos Grupos Aguapeí, Sunsás e Huanchaca. A reconstrução paleogeográfica desses sedimentos, no Brasil, foi estabelecida como uma cobertura de plataforma iniciada por extensa sedimentação marinha rasa que passa a um ambiente marinho mais profundo, cuja sedimentação de caráter progradacional termina com a presença de depósitos fluviais. Essas unidades são compostas principalmente por rochas não-metamórficas nas regiões de Huanchaca, Santa Bárbara e Rio Branco. Nas Faixas Dobradas Sunsás e Aguapeí, esses sedimentos foram afetados pela Orogênese Sunsás. Sedimentos e metassedimentos do Proterozóico Superior estão presentes ao longo da zona de transição entre o Cráton Amazônico e a Faixa Paraguai. Três unidades litoestratigráficas principais foram individualizadas, uma unidade cuja sedimentação foi interpretada como glácio-marinha no domínio da plataforma (Formação Puga) e no domínio do talude foi caracterizada pelo forte retrabalhamento de sedimentos glácio-marinhos por correntes de turbidez (Grupo Cuiabá); uma unidade carbonatada pós-glacial, com calcários e dolomitos (Formação Araras), sobre a plataforma cratônica, que passa lateralmente para calcários mais argilosos (Formação Guia) em direção a zona interna da faixa; a unidade superior (Formações Raizama e Diamantino) é formada por sedimentos siliciclásticos.


Palavras-chave


Estratigrafia; Meso-Neoproterozóico; Faixa Paraguai; Grupo Aguapeí; Mato Grosso.

Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.