UMA REVISÃO DAS PEGADAS TRIÁSSICAS E JURÁSSICAS DE TETRÁPODES DA ARGENTINA E UMA NOVA ABORDAGEM SOBRE A IDADE E O SIGNIFICADO DAS PEGADAS DA FORMAÇÃO BOTUCATU (BRASIL)
Resumo
São expostos os resultados de uma expedição pela Argentina, durante a qual foi examinado o material icnológico argentino referente aos tetrápodes, do Carbonífero ao Pleistocene. São descritas, classificadas, ilustradas e revisadas, aqui, de maneira preliminar, apenas as icnofaunas argentinas de idade triássica e jurássica. Tais dados são comparados com as icnofaunas de tetrápodes da Formação Botucatu, no Estado de São Paulo. Esta icnofauna é de difícil classificação, posto que se trata de uma associação completamente nova. Deve ser mencionado que o material não é, em geral, de boa qualidade. As associações Triássicas da Argentina, representadas pelas localidades de Lãs Higueras, Campo de Ischigualasto, Quebrada Los Rastros, Rio Los Tarros-Sur Pagancillo e Los Menucos, são caracterizadas pela presença, em quantidades variáveis, de terápsides e poucos arcossauros, entre os quais predominam os tecodontes quadrúpedes. Os mamíferos são raros. Pelo contrátrio, na associação jurássica de Laguna Manantiales, há uma predominância dos mamíferos, acompanhada de quatro formas dinossaurianas, e ausência de terápsides e tecodontes quadrúpedes. A Formação Botucatu, nos arredores de Araraquara, possui uma icnofauna na qual predominam os mamíferos primitivos, acompanhados de poucos dinossauròides bípedes e poucos terápsides atribuídos tentativamente a Tritylodontoidea. A comparação detalhada entre a estrutura das diversas associações permite atribuir a Formação Botucatu, pelos menos no Estado de São Paulo, ao Jurássico Inferior ou Médio.
Palavras-chave
Pegadas de tetrápodes; Jurássico; Triássico; Formação Botucatu; Argentina; Brasil.
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