CRETACEOUS ANOXIC EVENTS IN THE SOUTH ATLANTIC
Resumo
Detalhadas reinvestigações de ordem bioestratigráfica, litoestratigráflca e geoquímica orgânica, a partir de mais de 2.000 amostras provenientes do Deep Sea Drilling Project, permitiram caracterizar os eventos anóxicos ocorridos no Atlântico Sul durante o Cretáceo. Sedimentos ricos em matéria orgânica depositaram-se na cadeia Maurice Ewing e na Bacia do Cabo até o Eo-Albiano enquanto ao norte da Cadeia de Walvis esta sedimentação prosseguiu até o Meso-Albiano. Este período de anoxia também se espraiou pela Bacia de Magallanes (Formação Springhill de idade hauteriviana-aptiana). Condições oxidantes estabeleceram-se do Meso-Albiano ao Neo-Albiano. Este evento, causado por uma mudança paleoceanográfica, poderia ser equivalente ao evento E 1 no Atlântico Norte (transição da Formação Black Bahamas para a Formação Hatteras). Em torno do limite Cenomaniano Turoniano as condições óxicas deram lugar a condições anóxicas, as quais se desenvolveram sobretudo ao norte da Cadeia de Walvis e da Elevação do Rio Grande. O evento concernente à passagem Cenornaniano-Turoniano (Cenomanian-Turonian boundary event, CTBE), muito conhecido no Atlântico Norte e Tethys (evento E 2), tem ampla distribuição e é caracterizado pela boa preservação de matéria orgânica marinha, especialmente ao norte da Zona de Fraturas Equatorial (Bacia de Cabo Verde: Site 367). A presença de anoxia no Site 356 (Elevação do Rio Grande) mostra que o CTBE ocorreu tanto na margem ocidental como oriental do Atlântico Sul. Durante o Senoniano retornam as condições oxidantes. O primeiro evento anóxico foi provavelmente uma conseqüência de um ambiente restrito no início da abertura do Atlântico Sul. Depois de um período óxico, um segundo evento anóxico (CTDE ~ envolveu processos de larga escala, ultrapassando os limites do arcabouço do Atlântico Sul.
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