Caracterização tecnológica das zeólitas naturais associadas às rochas eruptivas da Formação Serra Geral, na região de Piraju-Ourinhos (SP)
Resumo
Ocorrências de zeólitas associadas às rochas eruptivas da Formação Serra Geral são encontradas na região de Piraju-Ourinhos (SP). Considerando a importância das propriedades tecnológicas desses minerais, como na retenção de contaminantes em solos e águas, foram caracterizados dois tipos de amostras: o dacito (ZD) e as zeólitas que preenchem suas amígdalas (ZP). Foram determinadas a composição química e mineralógica, a superfície específica, a micromorfologia e a capacidade de troca catiônica (CTC). A caracterização mineralógica de ZP revelou presença de mordenita, e na amostra de dacito amigdaloidal (ZD): mordenita, quartzo, sanidina e plagioclásio sódico. A fórmula química obtida para a mordenita foi: Na0,33 K1,4 Ca0,82 Ba0,12 Sr0,03 [Al4 Si20,1O48].11,38 H2O, e a relação Si/Al igual a 5,02 - valor típico de mordenitas de simetria ortorrômbica do tipo Cmcm. Valores de superfícies específicas revelaram que a área interna - onde grande parte da troca iônica ocorre - corresponde a 93,70% da superfície total em ZP e 89,83% em ZD. A imagem da mordenita em microscópio eletrônico de varredura revelou agregados de fibras alongadas e claras. Valores de CTC determinados para a mordenita e o dacito amigdaloidal foram, respectivamente, iguais a 1,2 e 0,1 meq/g. Comparando a CTC teórica da mordenita (obtida pela fórmula química) que é de 2,2 meq/g, com os valores experimentais, observa-se que a sua troca iônica foi incompleta, provavelmente pelo fato do cátion trocador (K+) ocupar canais que dificultam seu deslocamento. Verifica-se, portanto, que o arranjo estrutural da zeólita controla e limita sua propriedade de troca catiônica
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