Revisão da compartimentação geomorfológica da Plataforma Continental Norte do Rio Grande do Norte, Brasil

Moab Praxedes Gomes, Helenice Vital

Resumo


Diversos estudos de superfície e subsuperfície têm sido realizados sobre a Plataforma Continental Norte do Rio Grande do Norte com o objetivo de se obter sua caracterização física dos sedimentos do intervalo cronoestratigráfico do Cenozóico. O presente estudo sintetiza os resultados obtidos no âmbito geológico e geomorfológico desses trabalhos, complementando-os com novos dados de batimetria e sensoriamento remoto. Esses dados associados aos dados preexistentes de sedimentologia permitiram a delimitação de três ambientes distintos sobre a plataforma e a caracterização das principais feições desses ambientes. O primeiro ambiente foi caracterizado como plataforma interna, a qual apresenta predominância de sedimentos siliciclásticos envolvendo extensos campos de dunas longitudinais sendo limitada pela isóbata de 15 m. O segundo ambiente é a plataforma média a qual caracteriza-se pela ocorrência mista de sedimentos siliciclásticos e bioclásticos e dunas transversais entre as isóbatas de 15 e 25m. O terceiro ambiente é a plataforma externa, com sedimentos bioclásticos e proeminentes desníveis batimétricos, sendo mais estreita e com declividade superior a da plataforma média. Essa porção, de plataforma externa, limita-se com a plataforma média por uma extensa linha de antigas rochas praiais na isóbata de 25 m e com o talude continental na isóbata de 40 m. O talude e o sopé continental apresentam um grande desnível até a planície abissal a cerca de 2000 m. Algumas feições como vales incisos e corpos arenosos isolados interceptam esses três ambientes e geralmente estão associados a controles estruturais provavelmente neotectônicos

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