Metaconglomerados e rochas associadas do Grupo São Roque a norte da cidade de São Paulo, Brasil

Renato Henrique-Pinto, Valdecir de Assis Janasi

Resumo


O Grupo São Roque caracteriza-se por rochas depositadas em ambiente marinho com atividade vulcânica submarina, as ocorrências da Formação Morro Doce são dominadas por metarcóseos e metarenitos feldspáticos com expressivas lentes de metaconglomerados, que formam uma seqüência considerada como unidade basal do Grupo São Roque. Rochas metavulcânicas ácidas e básicas intercaladas nesta seqüência constituem importante marcador tectônico e geocronológico, e foram usadas para determinar sua idade de deposição (1.75-1.79 Ga). O estudo petrográfico dos clastos graníticos dos metaconglomerados permitiu a identificação de quatro variedades petrográficas: biotita monzogranito porfirítico, monzogranito inequigranular, monzogranito equigranular e leucogranito inequigranular. O caráter comagmático entre os clastos é confirmado pelos dados geoquímicos e geocronológicos. Rochas metavulcânicas ácidas que ocorrem intercaladas a metarcóseos e metaconglomerados, na região do Morro do Polvilho, caracterizam-se por meta-traquidacitos e meta-riolitos porfiríticos. Com características geoquímicas típicas de magmatismo intraplaca, em especial baixo mg# (~20), altos teores de Zr (560-730 ppm), Y e Nb, além de baixo Sr (70-120 ppm), as rochas metavulcânicas ácidas do Grupo São Roque apresentam similaridades com as metavulcânicas ácidas da base do Supergrupo Espinhaço. Por outro lado, o corpo anfibolítico do Jaraguá, de idade ainda desconhecida, parece ser intrusivo na Formação Morro Doce tem características geoquímicas mais próximas de magmatismo de fundo oceânico, com baixas concentrações de elementos incompatíveis como Rb, Nb e Th, o que as aproximam das rochas metabásicas supracrustais da região de Pirapora do Bom Jesus

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