Análogos de reservatórios de rampa de água profunda: sistemas ricos em lama (unidade de Apiúna-SC) e em areia (Formação Punta Negra, Pré-Cordilheira Argentina)
Resumo
Dois principais motivos justificam o estudo de afloramentos na geologia do petróleo. O primeiro, quase óbvio, é o estudo de sucessões expostas que, em subsuperfície, apresentam potencialidade para exploração de hidrocarbonetos. O segundo é a produção de modelos análogos de distribuição geométrica de reservatórios. Neste trabalho são considerados dois modelos de sistemas de água profunda derivados da análise de afloramentos: um sistema de rampa rico em lama e um sistema de rampa rico em arenitos. O primeiro modelo deriva do estudo da Unidade de Apiúna de idade pré-cambriana do estado de Santa Catarina. A Unidade de Apiúna é uma sucessão espessa 4.500 m, constituída prevalentemente de argilitos laminados interrompidos por sistemas de canais e lençóis de areia, distribuídos em modo irregular. O segundo modelo deriva do estudo de um sistema de idade devoniana da Pré-Cordilheira Argentina, a Formação Punta Negra. Este modelo é caracterizado pela predominância de depósitos de arenito, desenvolvidos em grandes corpos lenticulares achatados não-confinados de lençóis de areia, cortados por corpos confinados de arenitos. Varias formas canalizadas com indicadores de paleocorrentes ao longo de 250 km indicam um sistema multi-aporte, tipo rampa. A reconstrução da arquitetura deposicional mostra dimensões, propriedades petrofísicas e conectividades melhores nos potenciais reservatórios de sistema de rampa rico em areia e um maior risco de exploração em sistema de rampa rico em pelito. Todavia, nos sistemas de rampa ricos em areia não há rochas selantes, ao contrario do que ocorre nos sistemas de rampa ricos em pelito.
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