Modelagem térmica e geomorfologia da borda sul do Cráton do São Francisco: termocronologia por traços de fissão em apatita
Resumo
Os recentes avanços em técnicas de termocronologia por traços de fissão, associada à erosão e a tectônica meso-cenozóica, permitiram modelar a evolução geodinâmica da paisagem na borda sul do Cráton do São Francisco. Para tanto se vincula os efeitos da paleotemperatura registradas pela metodologia por traços de fissão em apatita e da análise de histórias térmicas a interpretações geomorfológicas. Mapas temáticos de isotemperaturas, em diferentes períodos geológicos, permitiram reconhecer uma história policíclica combinando fases de aquecimento e resfriamento crustal. A região caracteriza-se por uma complexa atuação de fenômenos exógenos e endógenos resultando em um relevo diferenciado e diversificado. A paisagem é fortemente condicionada por soerguimento entre o Jurássico e o Cretáceo Inferior, soerguimento com denudação tectônica associado a aquecimento crustal localizado, no Cretáceo Superior e Eoceno, alternando com falhamentos até o Mioceno. Esse cenário é reflexo de reativações de diversas feições estruturais rúpteis que acomodam a deformação na borda sul do cráton. A paisagem reflete denudações de até 3 km com restos preservados de superfícies erosivas nos altos topográficos e depósitos sedimentares cronocorrelatos nas bacias sedimentares da região.
Palavras-chave
Borda sul do Cráton do São Francisco; Modelagem térmica; Geomorfologia; Traços de fissão em apatita.
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