CICLOESTRATIGRAFIA DA SEQÜÊNCIA CARBONÁTICO-EVAPORÍTICA PENSILVANIANA DA BACIA DO SOLIMÕES, NORTE DO BRASIL

CARLOS ROBERTO BECKER

Resumo


Este trabalho apresenta os resultados de analises de ciclicidade feitos em uma sucessao carbonatica-evapontica pensilvaniana da Bacia do Solimões, no norte do Brasil. Foi usada uma abordagem integrada de diversas tecnicas e ferramentas para identificar os principais controles deposicionais alociclicos e para construir urn arcabouço  cronoestratigrafico de alta resolução. A análise estratigráfica baseada nos padrões de empilhamento sedimentar nos perfis de raios gama e sonicos possibilitou identificar oito sequencias deposicionais compostas de 3ª Ordem que, por sua vez, podem ser divididas em conjuntos ciclicos de 4ª e 5ª ordens. As sequencias de 3ª ordem estão associadas a subsidencia e, em alguns casos particulares, a soerguimentos nas bordas da bacia e
na área do Arco de Carauari e Sub-bacia do Jandiatuba. Essa atividade tectônica foi interpretada como a consequência da colisão
intercontinental entre o Gondwana e a Laurussia no final do Carbonifero, chamada aqui de Evento Tectonico Jandiatuba. Este evento foi contemporâneo a formação do Orógeno Ouachita-Marathon no sudoeste dos EUA e a eventos de forte subsidência em bacias interiores norte-americanas, como a Bacia de Paradox. As análises cicloestratigráficas dos ciclos de 4ª e 5ª ordens indicaram associações de determinadas frequencias de espessuras, cujas relações mútuas apontam para atuação de ciclos de excentricidade curta e precessao. Conclui-se assim que o principal controle alociclico que modelou a construção desses ciclos foi a glacio-eustasia induzida por forcamento orbital de Milankovitch. Essa constatação aponta para amplas possibilidades de correlação entre os ciclos carbonatico-evaporiticos e os ciclotemas do Pensilvaniano norte-americano.

 


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