GEOQUÍMICA DOS GRANITOS PALEOPROTEROZÓICOS DA SUÍTE GRANÍTICA VELHO GUILHERME, PROVÍNCIA ESTANÍFERA DO SUL DO PARÁ
Resumo
As rochas graníticas dos maciços Antônio Vicente, Velho Guilherme, Mocambo, Benedita e Ubim/Sul, da Suíte Intrusiva Velho Guilherme (Província Estanífera do Sul do Pará) são hololeucocráticas a leucocráticas, sieno a monzograníticas, com tipos álcalifeldspato graníticos subordinados. Dados geoquímicos de rocha total dos diferentes maciços da suíte revelaram a sua natureza subalcalina, caráter metaluminoso a peraluminoso, bem como afinidade tectonomagmática intraplaca e características geoquímicas de granitos tipo-A, do subgrupo A2. A cristalização fracionada foi o principal processo petrogenético que governou a evolução dos granitos da suíte. Os diferenciados mais evoluídos e hospedeiros de mineralizações de Sn mostram um grau extremo de diferenciação(SiO2 >75%) e são produto de fracionamento magmático e da interação com fluidos aquosos pós-magmáticos ricos em voláteis (F). Esses fluidos foram responsáveis pela extração de Sn2+, a partir das fases minerais primárias, especialmente, da biotita, incorporando-o às soluções residuais onde foi oxidado, passando para a forma Sn4+ e precipitando como cassiterita. As razões Th/Ta dos granitos dos maciços Velho Guilherme (5,06 a 10,46) e Benedita (6,77 a 15,40) apontam para uma fonte dominantemente de crosta continental superior. Em relação aos granitos do maciço Ubim/Sul, a sua razão Th/Ta (3,52 a 5,33) sugere uma fonte magmática localizada em um segmento crustal um pouco mais profundo. Já os protólitos dos granitos do maciço Mocambo (razão Th/Ta de 3,03 a 8,26) resultaram mais provavelmente de uma mistura de material de crosta profunda e crosta continental superior. A ampla variação das razões Th/Ta observada nos granitos do maciço Antônio Vicente (5 a 100) sugere uma mistura de componentes de crosta continental superior com uma possível contribuição de natureza sedimentar.
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